Chegam às revoadas, em
bandos como as aves de arribação. Pousam em esplanadas, invadem restaurantes,
falam alto, gritam com os mais pequenos que correm soltos das mãos adultas como
potros indomados.
São os turistas de
verão que chegam às terras do sul onde todos os dias o sol aquece, as noites são
cálidas e a água do mar refresca os corpos que se desejam.
Andam à vontade pelas
ruas olhando aqui e ali, distraidamente, pois sabem que o podem fazer nestas
terras serenas de gente confiável e de sorriso fácil. Entram e saem nas lojas dessas
ruas onde se lhe oferece toda a panóplia de artigos para levarem como
recordação quando as férias terminarem.
Desde o íman para a porta do frigorifico à “tcherte” com dizeres ou
imagens de futebolistas, das praias, dos monumentos e por aí fora, encontram-se
nas lojas dos “suvenires”, dos “recuerdos”, uma junto à outra, muito iguais
entre si, onde jovens estudantes arranjam emprego neste intervalo entre exames
e aulas para praticar conversação dos idiomas estudados no último ano
escolar.
Correm mais euros entre
os dedos dos comerciantes.
Os dias são mais
coloridos, as noites mais musicais, o areal das praias mais dourado e os corpos
vão-se tornando mais morenos, da cor das espigas já ceifadas.
Há mais alegria no ar.
foto e texto de Benó