segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O Stress do Verão


Somos um PAÍS de marinheiros, de agricultores, de pescadores, de poetas realistas e de poetas NEFELIBATAS, de gente simpática, acolhedora e acomodada vivendo normalmente no OSTRACISMO de quem se encontra geograficamente situado na ponta mais ocidental deste velho continente, com o mar como vizinho.

Por esta altura do ano, nós, habitantes do sul, vemo-nos INUNDAR por uma onda de gente que chega “a todo o VAPOR”, de automóvel, de comboio, de bicicleta, de pé descalço e mochila às costas, mas todos mostrando no rosto o “stress” habitual de quem vive nos grandes centros urbanos. Se os olharmos com alguma atenção poderemos vê-los tão enrolados sobre si próprios, tão apertados pelo seus problemas, sem ponta por onde lhes pegar, que até nos parecem o CASULO dos bichos da seda.

Nos primeiros dias andam num MOVIMENTO constante por este espaço, anteriormente tão sossegado, que nem se sentam para tomar uma “bica” ou um refresco, tal é a agitação desta gente da cidade.
Sòmente, à noite, ao LUAR, será possível vê-los numa calma CONVERSA, deitados na praia, na horizontal a olhar o firmamento ou de pé, na VERTICAL, junto ao balcão dum calmo bar, possivelmente, a discutir os infindáveis VARIÁVEIS desta crise que nos atormenta
É assim o INFERNO do verão!




Este foi o artigo escrito para o 5º jogo das 12 palavras que será publicado no livro a sair brevemente, intitulado "22 Olhares sobre 12 Palavras" .
Mais textos poderão ser lidos aqui.

Com imagens tiradas da net