Gretas, rugas, socalcos a desenharem figuras geometricamente
diabólicas na pele da terra abrasada pelas labaredas dardejantes do sol.
A crosta terrestre retrai-se, expande-se, cresta, morre de
sede e anseia pelas frescas águas do outono. Secam os ribeiros, definham as
plantas e, dos trilhos percorridos pelos caminhantes curiosos em mergulhar na
bela flora da costa vicentina, solta-se e anda no ar uma poeira vermelha
queimada pelo calor que nos suja e se cola à pele.
É o verão que nos oferece a beleza tórrida destes dias sem
vento tão habitual aqui, no cabo.