terça-feira, 29 de julho de 2008

A PITEIRA






Vigorosa e altaneira ergue os seus braços fortes e espinhosos ao céu. Alguns já cansados, talvez de implorarem um pouco de chuva, vergam-se para a terra oferecendo a humidade que, nas noites frescas desta terra quase africana, se forma sobre si.

Com este seu porte vigoroso, robusto e singelo, ela oferece-me a beleza da força de quem não necessita mais do que um bocadinho de terra para se desenvolver e embelezar um espaço mais agreste.

domingo, 13 de julho de 2008

Momentos Mágicos





Vinda do fundo do nosso sentir, creio que TODOS NÓS, em determinado momento, somos tocados por uma sensação estranha que nos faz ver as coisas duma maneira especial e diferente. Até alguns objectos que sempre estiveram no mesmo lugar mas que naquele momento, naquela hora especial, aparecem-nos como se fossem algo extraordinário que nunca tivéssemos observado.
Há instantes do meu dia-a-dia em que sinto que o meu viver é qualquer coisa especial e a vida uma dádiva tão importante, que sou incapaz de colher uma flor ou aniquilar um insecto mesmo que esteja a molestar-me.
Passei há dias por uma azinhaga, trajecto habitual nas minhas caminhadas, quando me senti atraída por uma cor amarela que tinha ficado para trás e me estava a chamar a atenção.


Uma piteira que tinha nascido por ali, cresceu, desenvolveu-se e floriu sem que eu me apercebesse da sua existência. Porém, naquela exacta fracção de tempo em que eu, mais uma vez, por ali passava, a planta desenvolveu um magnetismo tal, como se sinos tocassem em uníssono para despertar a minha atenção em letargia colocada, e os meus sentidos vibraram e obrigaram-me a um recuo para a admirar, tal tinha sido a sua vontade.
Por acaso, levava comigo, a máquina que me deixou captar estas imagens.
Deixo-vos, então, com a beleza das flores desta piteira que soube tocar a minha sensibilidade para a fotografar e, assim, poder dá-la a conhecer a este mundo fantástico da blogoesfera.


Em breve, os frutos espinhosos, irão deliciar algum caminhante que se atreva a colhê-los.