As cegonhas são monogâmicas e eu acabava por entabular
conversa com as aves que eram sempre as mesmas, num tu cá tu lá, como se na
realidade falássemos a mesma linguagem. Via-as, ora uma ora outra, a chocar os
ovos donde saíriam os pequenos filhos e esperava ansiosamente o aparecimento das
penugentas aves para com pulos e saltos bater palmas de satisfação. Acompanhava
o seu desenvolvimento e ficava triste quando, chegado o fim do verão, pais e
filhos partiam para outras zonas mais amenas, onde iriam passar o inverno. Os
filhotes iriam constituir novas famílias, num outro local, possivelmente, e eu ficava com a esperança de tornar a ver no
ano seguinte as cegonhas minhas conhecidas, e bateria palmas novamente quando
se desse o aparecimento das novas crias. Repetir-se-ia o mesmo ciclo da vida.
3 comentários:
Que lindo!!! Adoro ver ninhos de cegonhas (e de qualquer ave...) Sou uma romântica, Benó...
Beijinhos
Que imagens lindas!... E adorei o texto... com aquele cunho muito pessoal... de confidência!...
Algumas cegonhas brancas, surgem ocasionalmente, aqui nos campos contíguos às traseiras da minha casa... e adoro vê-las...
Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
Também gosto de ver e de fotografar as cegonhas. Conheço bem a da primeira foto. Vejo-a todos os dias. :)
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