Na esplanada, gozando do morno sol duma manhã outonal, meia
dúzia de gentes entregam-se à leitura das notícias da impressa nacional – DN,
Público, CM, Expresso, ou noutro escrevinhar
diferente do nosso, Daily Telegraph, Financial Times, Le Figaro. Há um
silêncio de biblioteca instalado por entre as mesas, somente afastado por algum
comentário verbal de um ou outro caso mais relevante e que o leitor achou por
bem salientar.
Num cenário oposto, na sala contígua à esplanada, ecoam
gargalhadas. São 3 jovens, duas são brasileiras e a outra é colombiana que
conversam e divertem-se lançando para o ar a melodiosa amostra da sua
jovialidade e boa disposição como se um rio liberto das suas margens corresse
por sobre os seixos do seu leito.
São mulheres novas, a trabalhar neste país distante da sua
pátria, longe de pais, irmãos, amigos, mas, que não deixam, por isso, de
expressar alegria em gargalhadas claras e bem audíveis, mesmo que o seu amanhã
seja incerto e o sol não tenha calor.
É a juventude e a juventude é feminina, com beleza, alegre
como um jardim florido onde as borboletas esvoaçam livres e coloridas. Não há
lembranças do que deixaram não há apreensões para o futuro. Apenas desfrutam o
presente que é hoje, aqui e agora.
Foto da net.