domingo, 27 de abril de 2008

Astro Rei

Contemplar o sol a nascer
É sempre surpreendente
Mas não devemos perder
O esplendor do sol poente.
Faz realçar a paisagem
Algures no horizonte
Salientando a imagem
De monte após outro monte
às vezes em tom rosado
Propenso ao deslumbramento
Mesmo pouco iluminado
É lindo ...aquele momento
..........

Excerto de um poema de Graciete Bravo, que tenho o gosto de ilustrar com fotos minhas.

sábado, 26 de abril de 2008

Cena Campestre

Em plena vila, centro de turismo de eleição da juventude surfista, ainda podemos ter o prazer de presenciar esta cena tão bucólica.
Fechem os olhos, esqueçam o stress, relaxem e ouçam os chocalhos das vacas e o seu mugido.
Estão no campo com o mar bem perto.
Aqui é Sagres!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A salsa

Muitas vezes interrogo-me porque certas sementes nascem onde querem e não onde eu as semeio. Será o vento que as leva? Será que os cães ou os gatos arranharam a terra e elas foram atiradas para outro lado? Não sei ainda bem a resposta a estas interrogações que se põem a uma simples amadora de jardinagem.


Tenho um exemplo, bem evidente do que acabo de citar, na salsa que, normalmente, semeio numa floreira ou, como foi o caso deste ano, espalhei umas sementinhas num bocadinho de terra que preparei para o efeito. Não nasceu nada no local onde as tinha posto e apareceram alguns pés desta aromática, tão essencial na minha cozinha, entre as pedras do chão.



Como é também o caso desta planta de jardim que nasceu na rua junto de uma grelha de escoamento das águas pluviais, sem ninguém lá ter posto qualquer semente.



Mas agora calculem a minha admiração quando numa manhã, durante o meu passeio matinal, deparo com este enorme tufo de ervilhas de cheiro nascido num terreno inculto, cheio de ervas, e que até está a servir de depósito de entulho dumas obras que estão a ser feitas lá na rua.


A Natureza tem destas coisas e eu sujeito-me à sua vontade e querer, deixando que a salsa nasça onde ela lhe apetece e quer.

sábado, 19 de abril de 2008

Mimo "Não me importo"



Que me desculpem as mimadas mas, realmente tinha esquecido de colocar o miminho na postagem anterior. Aqui está ele, todo risonho na sua caminha de rosas, pronto para ser levado pelas minhas amigas.
Divirtam-se e Sejam Felizes!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Desafio Indiscreto








Duma minha amiga que gosta de cozinhar a Zezinha, recebi este desafio que aceitei e que a dar seguimento à brincadeira, "passo a bola" para:












baby

João

Marcia

Ana

Marta

Jane

as regras são:-



Dizer 6 coisas que não se importem de fazer ou de ter.



Colocar o link da pessoa que nos "mimou"-



Colocar as regras no blog-







Mimar 6 pessoas para fazer o mesmo-



Avisar essas pessoas, deixando um comentário nos seus blogs.








As minhas indiscrições são as seguintes:









  • Não me importo de levantar cedo, antes do nascer do sol. Gosto de sentir o cheiro da terra fresca e ver a grande bola côr-de-laranja ssair de dentro do mar da Baleeira.


  • Não me importo de passar as minhas primeiras horas matinais a arrancar ervas do meu jardim. As flores agradecem-me o cuidado e dedicação que lhes devoto e sinto-me recompensada quando à tarde me sento a ler e no meu silêncio ouço a sua satisfação por puderem respirar mais livremente.


  • Não me impoto de tomar duche de água fria "água fria rega e cria". Saio do banho mais fresca e inspirada para o meu trabalho.


  • Não me importo que me vejam chorar e ouçam fungar quando estou a ver algum filme mais ternurento. Isso liberta-me da pressão que se instala no meu peito à medida que vão decorrendo as cenas.


  • Não me importo que fiquem aborrecidas comigo quando não aceito desafios deste género.


  • Não me importo que o vento brinque com o meu cabelo quando saio e acabei de me pentear, pois sei que, quando entrar em casa, serei abraçada com a mesma força e admiração como se tivesse acabado de sair de um instituto de beleza.



São só seis indiscrições mas, eu vou pôr mais uma por minha conta: Não me importo de ao domingo, durante a missa, ficar sentada ao pé de duas Risonhas.




Agora, terão que passar este pedido para outras 6 pessoas que julguem capazes de aceder ao pedido e que tenham um certo gozo em anuir, como eu o fiz.




Sejam Felizes e divirtam-se.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

PASSEIO DOMINGUEIRO






Aproveitámos o lindo domingo de sol e fomos passear pelo campo mas também aproveitámos para dar uma olhadela às praias. Do miradouro da Torre d'Aspa tem-se uma visão estupenda de três praias: Castelejo, Barriga e Cordoama e dali, daquela altura sentimos que vale a pena viver no meio desta natureza .


É uma visão que não nos cansamos de ter, pois, há sempre novidades nas nossas observações .O elemento água está sempre em movimento e por isso nunca está igual, em cada momento que passa é diferente de si próprio e infindável. É relaxante, especialmente, para quem não gosta de monotonia.

No regresso, pelos caminhos de terra batida, bem conhecidos dos caçadores, dos pescadores, dos surfistas e dos amantes da natureza na generalidade, ainda vimos um perdigão que à nossa passagem levantou vôo, talvez à procura da sua fêmea.

As flores rasteiras abrem-se ao calor morno deste dia primaveril e claro que não resisti a colher algumas para vos oferecer. O rosmaninho é senhor e a flor amarela dos tojos impera nesta zona.






Manadas de vacas, rebanhos de ovelhas e cavalos pastando ainda fazem parte da imagem bucólica desta Algarve onde pertenço.

Foi um agradável domingo!

sábado, 12 de abril de 2008

Fraternidade

Da minha querida mana Jiji, fui recebedora duma atenção especial: a oferta do selo DARDO.


A pintura em seda é a sua paixão (entre outras) e aconselho uma visita ao seu cantinho.(basta clicar no nome dela).
Queiram fazer o favor de aceitar também, este miminho, pois é com carinho que vo-lo ofereço, a todos os visitantes deste meu jardim.
Sejam Felizes!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Uma Princesa do Sul

A princesa era do norte
Do país da neve fria
Estava à beira da morte
Só porque a neve não via
.



Toda a gente conhece ou pelo menos os algarvios, a lenda das amendoeiras em flor que tem como personagem principal a princesa Gilda.
Por isso acho desnecessário estar a narrá-la.

Mas permitam-me que brinque, um pouco, com a história da princesa do norte propondo várias alterações, assim:

A mocinha era do sul
Terra do sol ardente
Todo o dia olhava o mar
Era feliz e contente.

Para o deserto a raptaram
O mar deixou de ouvir
Estava a morrer de saudade
Já nem sabia sorrir!

Bem, depois o Califa com o dinheiro que possuía do petróleo que vendia às Américas e não só, mandou ir da China uma máquina especial que reproduzia na perfeição o som da maresia. E, assim, a mocinha olhava para as areias do deserto e podia ouvir o mar beijando amorosamente a areia da sua praia favorita ou ouvi-lo irritado batendo contra as rochas a lixar o mexilhão.
Isto tornou a cachopa feliz e contente e aprendeu a sorrir novamente para felicidade do seu amo e senhor.


terça-feira, 1 de abril de 2008

ESTEVAS

As estevas fazem parte da flora que se estende nas charnecas circundantes do meu concelho. É um arbusto a que chamo de "lutador" pois nasce e fica instalado nos intervalos das rochas, rasga os chãos xistosos e sobrevive.

Um dos meus passeios preferidos é ir até à praia do Castelejo, sentir a humidade maritima envolver-me, aspirar o doce salgado da maresia e observar as brancas flores das estevas que quase descem até à praia.

É uma flôr simples, bem singela e atractiva para as abelhas, portadora de cinco pétalas mas, duma brancura impressionante realçada pelo tom verde escuro do arbusto que, por sua vez, é recoberto de uma resina aromática, o ládano usado na perfumaria.
Esta é a altura do ano, tempo de renovação,em que estão a desabrochar cobrindo a serra com um enorme manto branco e, embora cada flor não dure mais de que um dia, elas oferecem-nos a sua beleza por mais tempo, devido a uma longa sucessão das mesmas.

O fruto é uma pequena cápsula globosa com vários compartimentos a que nós, quando crianças donas de poucos brinquedos, chamávamos "piorras" e rodando o pequeno "pé" entre o dedo médio e o polegar faziamo-las dançar tal como um pião.


Hoje ofereço-vos a brancura da flôr da esteva e os últimos versos da "Charneca em flor" da Florbela Espanca"


Olhos a arder em êxtases de amor,
boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!