À tardinha, na rampa do cais que os homens do mar usam para varar
os barcos que ficam em terra para reparação ou, simplesmente, para aí ficarem
nos meses de invernia, as gaivotas gozam o calor dos últimos raios de sol deste
dia de inverno.
De quando em vez, como se estivessem numa brincadeira, dão
pequenas corridas atrás umas das outras mas, sobretudo, gostam de descansar
junto à babugem escondendo as patas com
o seu corpo fofo de penas e fechando os olhos para melhor sentirem o abraço
morno do dia que se despede. Assim,conseguem transmitir-nos um sentir de
preguiça, de lassidão compatível com as horas mortiças destes fins de tarde, em
que os barcos já partiram para a faina da pesca e as horas pararam, no cais.
Gosto de as ver levantar voo, elegantemente. Mas,
preguiçosas e sem medo, só depois dum forte bater de palmas e de alguma
algazarra propositada, elas se erguem num voo lânguido e vagaroso, rumo às
nuvens que começam a acastelar-se por sobre as ilhas do Martinhal ou então,
abrem as asas e saltitam para mudar de lugar não demonstrando qualquer receio.
Estas são as gaivotas pardas habitantes do cais da Baleeira.
Texto e foto de Benó
5 comentários:
Um texto muito bonito amiga. ÀS vezes fico aqui na varanda observando as gaivotas.
Um abraço
Muito lindas as palavras e as fotos! Adorei! bjs, chica
Que belo texto, minha amiga Benó. Também gosto muito de observar as gaivotas, o que é muito inspirador...
Um beijo.
Olá, Benó.
Que lindo poetar no olhar sobre as gaivotas. Também eu as amo.
bj amg
Um belíssimo texto... lindamente traduzido em imagens... numa simbiose perfeita!...
Adorei!
Beijinhos!
Ana
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