Borboletas de finas asas esvoaçam à volta da luz hipnotizadas
como num encantamento.
Rumo indefinido, antenas sem norte nem direção.
Rodopiam como numa ciranda, soltas, leves.
Não param na
busca inconstante onde pousar.
Não encontram folha, galho ou fruto que as receba.
Pelo éter se movem num batimento de fragilidade.
A luz enlouquece-as e cansadas acabam por sucumbir. Inertes,
tombam sem vida.
Borboletas de frágeis asas descoloridas jazem no chão, num adormecimento
letal. Serão alimento de aves de asas brancas que o mar enviou.
foto e texto de Benó
4 comentários:
Triste vê-las no chão! Escreves muito bem! bjs,chica
Vivem pouco, mas enquanto vivas sabem voar...
Que belo poema, amiga Benó. As borboletas são frágeis, sim. Mas dão tanto colorido aos nossos dias...
Um beijo.
Cada ser cumpre o seu destino, segue a sua natureza.
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