Não apareceu para almoçar. Nem o barulho da colher na vasilha da refeição nem o chamamento-Bichano!!!!Bichano!!!!! Vem cá!- traziam de volta o malandreco do gato preto da vizinha.
Pela tardinha, no crepúsculo do fim do dia, já com o sol a
pintar o céu com as cores rosadas da sua paleta, ei-lo, o gato preto, o bichano
ausente, a olhar para a dona com os olhos incandescentes como se fossem duas
brasas, muito sossegado, mãos recolhidas, orelhas espetadas, bigodes hirsutos,
ar de rufia. Estava colocado junto à chaminé, satisfeito com o calor que subia
da cozinha e de onde tinha uma bela visão para os canteiros das flores. É bem
possível que necessite, esta noite, de
levar um qualquer malmequer .
Haverá mais uma noitada pelos campos? Estes meses frios pedem aconchego.
foto e texto de Benó
3 comentários:
Que amor de história!!! Gostei! bjs, tudo de bom,chica
O gato da vizinho anda a fazer serenatas à noite? :)
Beijinho, Benó
Os gatos e o seu espírito livre e independente... muito donos das suas vontades... por isso se costuma dizer, que são os gatos que escolhem o dono... e não o contrário...
Adorei o texto, que casa muitíssimo bem com a imagem... fascinante, com aqueles desfoques, acrescentando mistério...
Bjs
Ana
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