O vento a
acariciar as águas calmas do porto de abrigo provoca-lhe arrepios
indisfarçáveis. Os barcos mesmo ancorados tremem e agitam-se na tarde serena
de outubro. Ao longe, no fim do paredão, o pequeno farol ficará acordado toda a
noite na sua função de avisar quem entra e quem sai.
Junto a si,
nas pedras submersas onde se apoia, fervilha vida, noite e dia. Sempre.
Os jovens namorados
procuram a protecção da sua sombra para se acariciarem na provocação de
arrepios e ternuras pela primeira vez sentidas.
Sempre igual
e sempre diferente esta água que se agita, treme, nos refresca, nos dá o
alimenta mas, também, é madrasta e nos engole.
A deambular
pelo cais nas horas quietas duma tarde outonal.
foto e texto de Benó
8 comentários:
Bonito texto. Onde fica este cais?
Que bela deambulação que deu origem a um texto tão sentido e bonito. Senti uma nostalgia outonal, mas agradável ao lê-la.
Um beijinho, Benó
Um texto muito bonito.
Um abraço e uma boa semana
Querida Benó
Esse passeio foi muito inspirador!
Como aprecio a sua forma de narrar o que se passa à sua volta!
Desperta sempre no leitor uma vontade de continuar a ler! Obrigada.
Um beijinho
Beatriz
VIDA E PENSAMENTOS
Bela descrição, Benó!
Transmite uma calma, uma paz, uma harmonia que só o mar, quando quer, consegue dar.
Beijinhos
Ai Benó...como gosto de a ler!
Como nos aquecem e pacificam, as palavras!
Um abraço.
Um texto excelente, de quem sabe deambular pela Natureza e pelas palavras.
Um beijo, amiga, Benó.
Excelente texto, sobre este mar... que umas vez une... outras vezes separa...
Gostei muito!
Beijinho
Ana
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