quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sem Espera.




                                                                                                               Di Cavalcanti


Numa correria desenfreada vão-se os dias, as horas. Passa a infância, deixámos de brincar   e dum momento para o outro cortámos as tranças, ultrapassámos todas as dificuldades da adolescência  e somos gente adulta.
É tudo a correr e o relógio sempre a girar não nos dá descanso nem para apreciarmos os bons momentos de convivência com os amigos, o prazer de ler e degustar as letras que formam palavras dos livros que enchem prateleiras e que esperam sossegadamente a hora de os pegarmos e mergulharmos fundo no desconhecido das suas histórias. Nem nos apercebemos que o tempo passa por nós numa corrida louca sem regresso, para levar, muitas vezes, os sonhos e a esperança deixando-nos de mãos vazias num tempo já sem tempo para as encher.

10 comentários:

chica disse...

O tempo passa, voa mesmo! Lindo te ler! bjs, chica

Miss Smile disse...

Mas temos de contrariar essa tendência, amiga Benó. Não podemos deixar que o tempo faça de nós suas reféns. Podemos ter cortado as tranças e esquecido algumas coisas, mas ainda podemos ter acessos de imprevisibilidade, saltar à corda, mergulhar num livro, brincar às escondidas, pregar partidas, reinventar-nos. É um exercício que podemos praticar de vez em quando para fazer frente à voragem do tempo.

Um beijinho, Benó

Graça Pires disse...

O tempo vai tecendo e destecendo a nossa vida... Gostei do seu texto. Revi-me nele.
Uma beijo, amiga Benó.

mz disse...

Os sonhos têm de caber nessa corrida louca, é imperativo!

Beijinhos para si Benó.

Beatriz Bragança disse...

Querida Benó
Realmente, o tempo é «sem espera»; deve ser vivido momento a momento.
E que bem o sabe viver e apreciar tudo quanto a rodeia!
Parabéns por mais uma magnífica forma de se expressar.
Um beijinho
Beatriz

Elvira Carvalho disse...

Tem que restar sempre um derradeiro sonho pelo qual vivemos. Se assim não for, que o tempo nos leve também. Porque o ser humano sem sonhos, torna-se irracional
Um abraço e bom fim de semana

luisa disse...

De facto. Andamos sempre a correr atrás do tempo. :)

Ana Freire disse...

O tempo sempre tão relativo... e realmente, na maioria das vezes... tal como a letra da canção... só damos por ele, quando ele já passou...
Um excelente texto, Benó!... Para nos fazer reflectir... e dar ainda mais valor, ao tempo presente... que é tudo, o que nos resta... do que para trás ficou...
Beijinhos! Bom domingo!
Ana

Justine disse...

A reflexão que tão bem expressas tem de ser feita todos os dias, para não nos esquecermos de saborear cada dia novo!

Catarina disse...

Não estou familiarizada com a obra de Di Cavalcanti.