sábado, 8 de novembro de 2014

Rio sem margens



Abro as mãos, volto-as ao sol, ao infinito na tentativa de apanhar a luz deste dia calmo.
Que recolho? O vazio.
Enterro as mãos no areal, sinto a frescura do mar e quero retê-la mas, ela como a areia escapa-se entre os dedos. O que fica? Nada.





Tento pensar e as ideias são como águas agitadas dum rio correndo sem margens. Afastam-se, diluem-se num infinito alagamento.


texto e foto de Benó.

4 comentários:

Graça Sampaio disse...

No fim (de tudo) não resta nada. Mesmo nada!

Beijo.

Justine disse...

Belo mas muito triste...

A Casa Madeira disse...

O vazio e o nada nos põe a refletir
sobre nós mesmos.
Eu gostei.
Adorei conhecer.
Janicce.

Graça Pires disse...

Aceitar o vazio das mãos e guardar dentro delas os desejos...
Um beijo, amiga.