A mata tinha manchas de sol onde as borboletas rodopiavam ao
som de valsas tocadas pelo deus Pã na sua flauta mágica. Nas manchas escuras,
nas sombras dos pinheiros onde a luz não penetrava, habitavam os duendes. Eram
audíveis os sons das suas brincadeiras e as suas alegres risadas subiam pelo ar
num desejo de liberdade mas acabavam por ficar dependuradas nas árvores e só se
soltavam quando alguma pinha ou folha arrancada pelos suspiros de Éolo senhor
dos ventos, tombava no chão. Muito traquinas são os duendes.
Repentinamente, miríades de pirilampos iluminaram a mancha
escura e uma claridade intensa como só os pirilampos são capazes de
proporcionar inundou o espaço onde as figurinhas mágicas da mata habitam.
Um gamo veloz faz a sua aparição numa corrida desenfreada.
Os seus pés tinham asas e o seu peito arfava com a força própria dos grandes
vencedores cujo objectivo é sempre a vitória. Passou rápido e iluminado como um
relâmpago seguiu deixando atrás de si um raio de claridade que ofuscou a luz dos
pirilampos.
Soube-se, mais tarde, que regressou carregado de gambuzinos
para distribuir a todos que ainda acreditam em fadas.
foto e texto de Benó
8 comentários:
Querida Benó
Uma fotografia do seu belo recanto algarvio!
Um texto que não me canso de ler,como se fosse uma história, que me contavam quando pequena!
Um beijinho
Beatriz
VIDA E PENSAMENTOS
ainda habitam as matas, os duendes
:)
O seu texto, amiga Benó deu ainda mais magia à mata...
Beijo.
É como penetrar no mundo da Alice, no país das maravilhas...
Adorei.
Beijinhos.
Olá, Benó, como está?
A charneca iluminada por pirilampos, deve ser digno de se ver!
E essa dos gambuzinos... está boa!
Beijinho para si!
Texto Maravilhoso - literal e metaforicamente! Aposto que os teus netos adoraram:-))))
Um abracinho apertado
Obrigada, Benó, pela visita e pelas palavras.
E como vai? Desejo o melhor e fico à espera de mais uma estória de encantar!
Beijinhos.
Ainda há quem vá à caça de gambuzinos? rrss
beijinhos
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