Por detrás das gelosias, vive-se dias negros de solidão.
Guarda-se segredos não contados porque se se contassem
deixariam de ser aquilo que são.
Chora-se e ri-se. Canta-se e grita-se as dores das saudades.
Conta-se os dias por detrás das gelosias
Amargos, tristes, sós.
Entre os livros, os gatos e as recordações decorrem vidas
sem vida
Compridas, imensuráveis.
Dias longos, horas intermináveis
Num sonho sem fim. Numa realidade sem voz.
Por detrás das gelosias vive-se segredos inconfessáveis.
foto e texto de Benó
1 comentário:
Pela foto abaixo, a porta fechada, e acima o segredo da gelosia, me parece que nos ficam as mesmas questões ao olhar o que resta abandonado.
Não acrescentei no PPP mas sobre o teu comentário da exposição de Juan Muñoz, senti exactamente o mesmo, um desconforto (nos sentimentos). O grupo escultórico "Treze a rir uns dos outros" que foi mandado fazer para o Porto 2001 e está no Jardim da Cordoaria, tem um ar menos "árido", até porque o tempo lhe deu uma patine enferrujada. Curiosamente, agora que fui ver melhor, foi a última escultura deste artista executada antes de morrer.
Bjinhos
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