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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ao fim do dia




O extenso areal percorri na hora mágica do entardecer.

No silencio desses momentos, mergulhei os meus pés nas frias águas do oceano e o olhar nas cores quentes do solpôr.
Senti que as algas me vestiam de verdes esperanças e com os meus braços rodeei rochedos alapados de sonhos.
Sereias encantadas brincavam com os grãos de areia formando colares para cobrirem os seios desnudos.
As ninfas teciam longos véus com a espuma da maré e ao longe, a orquestra do mar executava estrondosos acordes que entonteciam os habitantes das grutas.
Os peixes, numa agitação frenética, escondiam-se e só as anémonas se aventuravam numa dança sem ritmo nem marcação.

Os deuses reuniam-se no cabo e eu percorria o areal deserto, ali tão perto.