A terra tremeu, a terra treme, longe, noutros mundos. Onde se erguiam casas há escombros, ruínas. O
desfazer de lares que eram abrigos traz as gentes para a rua assustadas,
temerosas. Perante uma causa que
desconhecem apelam para o divino, clamam ao além, levam as mãos à cabeça sem
perceberem porque tal lhes acontece. Fogem, talvez de si próprias sem saberem
se o seu mundo voltará a tremer. Não sabem para onde ir, nem como se proteger.
Abandonadas pelos caminhos ficam as pedras, restos de
paredes, de tetos que albergaram risos, alegrias; pedaços de chãos que
suportavam o peso das mesas onde não faltava o pão de cada dia, a água, o
vinho.
Mas depois de terem perdido todos os seus bens materiais, restará a esperança, uma corda de salvação
para se agarrarem com a força necessária para recomeçar, para refazer os
sonhos, uma nova vida, mesmo que a família tenha partido e o isolamento seja a única companhia.
Aprenderam que nunca é tarde.O querer fará a fénix renascer.
2 comentários:
Para trás ficam bens e vidas, mas para a frente está o futuro - e é isso que sempre nos dá força!
Uma realidade... que se tem verificado inúmeras vezes em Itália... mas de que ninguém está livre!...
E este ano, já senti um abanão bem forte... que se fez sentir no Canhão da Nazaré... 6.1 fiquei depois a saber... senti-o um bocadinho ao lado, na Ericeira...
Uma realidade terrível... e deveras traumatizante! A minha mãe ainda hoje se recorda bem, de um, que houve no final dos anos 60...
Excelente texto, Benó! Sobre um tema bem pertinente e preocupante!
Beijinhos! Boa semana!
Ana
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