Objeto
esquecido, isolado, abandonado mas sempre útil quando as chamas irrompem por
perto. Foi talvez a falta de manutenção, o desleixo, o deixa andar que deu a esta
boca de incêndio completamente enferrujada o aspeto de velho, dir-se-ia
inoperável.
As peças
enferrujadas partem facilmente, deixam de ser úteis, deitam-se fora,
substituem-se por outras novas prontas a corresponderem às nossas necessidades
imediatas e, rapidamente, esquecemos as outras que já não nos servem. Não nos ocorre que se estragaram,
possivelmente, pela nossa incúria, pela falta das limpezas que deveriam ter
sido feitas atempadamente e não foram, pela falta duma boa utilização.
Será, talvez
pelas mesmas razões, pela falta de atenção, de cuidados que os relacionamentos
entre os humanos se deterioram, apresentam ferrugem, quebram, poem-se de lado?
7 comentários:
Parece mesmo inoperável.
Nunca vi um assim em Toronto. Duvido mesmo que exista.
Linda tua foto e bela tua reflexão sobre a ferrugem.,Gostei@! bjs, chica
Penso que sim amiga. Estamos na era do virtual, ninguém tem tempo para o pessoal.
Um abraço e bom fim de semana
Excelente pensamento. Todas as coisas, mesmo as invisíveis, como a relações humanas, precisam de manutenção e cuidados. Precisam, acima de tudo, de ser estimadas.
Um beijinho
Sem qualquer dúvida, Beno!...
Uma belíssima analogia entre a ferrugem dos objectos e a ferrugem das relações humanas... mais acentuada nesta era do virtual, que alimenta a superficialidade das relações humanas... as pessoas aproximam-se... mas na realidade não se tocam...
Passando por aqui, enquanto a net deixa... sempre problemática, aqui no local onde me encontro... ainda de férias... que começaram com algum atraso... mas visitando os blogues... sempre que se proporciona e que a net permite...
Aproveito para deixar um beijinho... e já agora, vou espreitar, o que andei perdendo por aqui, entretanto...
Ana
Excelente comparação. Não devemos deixar nada ao abandono.
Um beijinho
Fê
É mesmo assim que acontece. O que não é cuidado estraga-se, enferruja. Gostei da analogia com os afectos...
Um beijo, amiga, Benó.
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