terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brincadeiras no céu

 
 
 
 



 
Formavam uma unidade como se fossem vários corpos unidos num abraço infinito, indestrutível. Caminhavam vagarosamente saboreando as delícias de estarem juntas, puxadas pelos cavalos alados invisíveis ao fim da tarde.

Repentinamente, do que parecia uno, um bocado soltou-se e com o rubor próprio de quem sai dos braços dum amante fogoso, foge, corre e espera ser apanhado para, novamente num abraço já nocturno se ligarem e tornarem a fundir num corpo só.
Nuvens apaixonadas em alegres passeatas sobre este espelho líquido onde se olham e pavoneiam.

fotos e texto de Benó

6 comentários:

chica disse...

Maravilhosos céus e palavras sempre assi9m aqui! bjs, chica

Miss Smile disse...

As nuvens, tantas vezes o espelho da nossa imaginação :)

luisa disse...

Nuvens que contam histórias. :)

Graça Pires disse...

Belíssimas fotografias, amiga Benó. E o seu texto tem, como diria Homero "palavras apetrechadas de asas"...
Um beijo.

O Profeta disse...

Ouvi o vento e a música
Procurando um porto na madrugada
Ouvi a chegada de um navio
Julguei sentir uma voz amada

Meu Armando, meu amor...
Uma criança jogando lama ao meio dia
Embrenhada e perdida na alma
Com rimas colorindo pálpebras de nostalgia

Doce beijo

Ana Freire disse...

Palavras lindíssimas... para descrever o que sempre tenho presenciado por aqui, na Ericeira, por estes dias, nesta vila, junto ao mar... nestes finais de tarde... onde o por de sol, sempre se faz difícil de achar... muita neblina nos finais de tarde... devido ao micro clima, muito próprio, da Serra de Sintra...
Beijos
Ana