terça-feira, 2 de junho de 2015

Crianças.




Os risos andam no ar. Gargalhadas fazem-se ouvir e as mãos agitam-se  em brincadeiras de lançar os papagaios, em esburacar o chão para fazer as covinhas para o jogo do berlinde, em lançar o ringue, em saltar à corda.

Todos os dias, corridas, saltos, pulos, esconde e apanha, na rua, lugar de peleja, de zangas e de medir forças. Todos os dias eram  teus.

Brinquedos, tinha-los feitos por ti e recebias um carrinho ou uma boneca em alturas especiais, como no dia do teu aniversário ou no dia de Natal e a alegria era muita e as gargalhadas faziam-se ouvir. Todos os dias eram teus.

A mãe, o pai, os avós, os tios, os primos beijavam-te, acarinhavam-te, brincavam juntos, cada um à sua maneira. Havia gargalhadas no ar. Todos os dias eram teus.

Hoje, só há um dia que é teu. Porquê, criança? Quando tu és criança todos os dias!
 
 
 
Vamos jogar ao faz-de-conta e permitir que, neste dia, os adultos soltem a criança que vive aprisionada dentro de si e possam correr livremente pelos verdes campos, gritar aos pássaros, fazer carreirinhas nas frescas ondas, jogar ao berlinde e ver desenhos animados na TV. Brincar com vocês, as crianças que ainda o são na realidade em  todos os dias  que são vossos. Deixemos os adultos serem crianças no chamado Dia da Criança.

imagens da net

4 comentários:

chica disse...

Que nunca nos percvamos das nossas crianças interiores. Lindo te ler! bjs, chica

Elvira Carvalho disse...

Um excelente texto com o qual concordo plenamente.
Um abraço

Graça Sampaio disse...

Um texto muito bonito. O pior é a dura realidade que tantas crianças estão a viver no nosso país e por esse mundo fora....

Beijinhos

Graça Pires disse...

Também me senti criança com este texto, amiga Benó...
Beijo.