Hoje são
cinzas cinzentas, frias, mortas.
Ontem, foram brasas
escaldantes, rubras, cheias de calor, de vida, exímias executantes de danças
feitas de abraços e desabraços, sempre num constante sobe e desce, tais bailarinas em complexas coreografias a
rodopiar nos braços dos seus pares.
Como se fossem gente, elas aqueceram, iluminaram, foram
fogo, foram chama, labaredas dançantes no palco da vida.
Apagou-se a lareira, morreram as chamas, arrefeceram as
cinzas mas ainda resta um pouco de calor na sala arrefecida.
fotos da net
texto de Benó
4 comentários:
...e para que o calor das brasas se reacenda bastam dois copos e um vinho convidativo.
Querida Benó
Os seus textos são sempre um esplendor,só comparável às chamas !
Belas metágoras,imagens de sonho!
Parabéns pela sua magnífica escrita.
Beijinho
Beatriz
Uma lareira acesa é um lugar de magia, de conversas, de desabafos. As cinzas que ficam guardam depois todos os segredos...
Um texto muito bonito, o seu, Benó, minha amiga.
Um grande beijo.
Olá, caríssima!
É para dar-lhe conhecimento, se ainda não sabe, duma grande exposição no Centro Cultural de Lagos, sobre os 40 Anos do 25 de Abril, onde eu colaboro.
A apresentação é 6ª feira pelas 16 horas.
Mas a exposição fica mais dum mês...
Beijinhos!
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