domingo, 27 de novembro de 2011

Descida pr'á Mareta.

Aqui começava a descida agora vedada pelas moitas, paus a servir de cancela e rede ovelheira.




O areal da Mareta à nossa espera, lá à frente, depois da corrida dos 100mts.



Quando crianças descíamos a ladeira, por um estreito carreiro irregular rasgado por regos cinzelados pelas chuvas dos invernos, faziamo-lo saltitando como num jogo de pé coxinho, ora à esquerda ora à direita.
Mais tarde, adolescentes, o mesmo percurso era feito de mão na mão, mais calmamente, pois as conversas obrigavam-nos a várias pausas para nos olharmos olhos nos olhos.
Quando a hora do regresso se impunha a subida era em modo rápido, com a ligeireza própria dos anos verdes que tínhamos e, sózinhos ou em grupo, queríamos sempre ser os primeiros a vencer a ladeira.
As crianças de agora já não descem por essa vertente. Foi-lhes negado o prazer de ir para a praia a correr e a saltar por um caminho natural onde se ouviam as cigarras e os grilos à desgarrada, onde se cheirava a esteva e rosmaninho.
Está vedado o acesso que há décadas usufruíamos, com rede e arames.

Limitemo-nos ao alcatroado.



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