Com a experiência fiquei a saber que teria de dizer devagar pois se as dissesse rapidamente saía asneira e eu iria corar envergonhada, como era costume. Ainda me lembro de algumas:
O rato roeu
A rolha da garrafa
Do rei da Rússia
Debaixo da pipa está uma pita
Pinga a pipa, pia a pita,
Pia a pita, pinga a pita.
Esta burra torta, trota
Trota, trota a burra torta,
O rato roeu
A rolha da garrafa
Do rei da Rússia
Debaixo da pipa está uma pita
Pinga a pipa, pia a pita,
Pia a pita, pinga a pita.
Esta burra torta, trota
Trota, trota a burra torta,
Trinca a murta, e murta brota,
Brota a murta ao pé da porta.
E por aí fora.
Brota a murta ao pé da porta.
E por aí fora.
Conjuntos de palavras, sem significado nenhum para mim mas, que eram aprendidas naquela cantilena tal como se aprendia a tabuada e que tão bem resultava.
Hoje, tentarei passar aos meus netos o saber articular esta nossa difícil lingua mãe, tal como me foi ensinado.
Hoje, tentarei passar aos meus netos o saber articular esta nossa difícil lingua mãe, tal como me foi ensinado.
Entendo que nos cabe a nós, mais velhos, preservar todos os valores, incluindo mesmo, os mais populares, desta nossa lingua tão rica em sonorização.
Assim, juntei ao dois rapazes mais velhos (um com 7 e outro com 6 anos) e, disse-lhes este trava-linguas que tem para mim um som muito especial:
O tempo perguntou pró tempo, quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu pró tempo, que o tempo tem tanto tempo, quanto o tempo tem também.
Ficaram deliciados, riram imenso, pediram para repetir e ficou quase decorada a lenga-lenga.
Para terminar deixo-vos com esta:
Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
Divirtam-se e
Ficaram deliciados, riram imenso, pediram para repetir e ficou quase decorada a lenga-lenga.
Para terminar deixo-vos com esta:
Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
Divirtam-se e
Sejam Felizes!
7 comentários:
Numa altura em que através do novo acordo ortográfico tentam matar a nossa lingua, resta-nos a nós ir passando de boca em boca estes "trava-linguas" que fazem parte da cultura portuguesa.
Bjs.
E sorri convosco pois também eu muitas vezes me enganei a tentar dizer rápidamente esses "trava -linguas":))))))))
Saia cada asneira que nem imaginas:)))
Boas recordações desses tempos que de alguma forma tentamos manter presentes através dos nossos:))))
Um beijo muito grande minha Querida Benó e aos teus meninos também:))))))))
(*)
Uma voz quebra o silêncio
Um espelho retêm a beleza
Vi com os olhos fechados
A fúria da minha incerteza
Fecham-se as janelas de poente
Este nevoeiro galga o pensamento
Uma semente solta num ribeiro
Corre no incerto de cada momento
Deixo-te uma doce acalmia
Mágico beijo
Por acaso conheço algumas,
a do rato conheço,
debaixo da pipa tambêm,
haviam outras que eu sabia, estou qui a matutar e não me consigo lembrar agora.
As crianças devem achar graça,
é que essas coisas agora não se ouvem nas escolas,
tem que ser mesmoas avós.
beijos
Também sabia (e ainda sei) de cor algumas dessa brincadeiras.
Há que passá-las aos jovens.
Daqui lhe envio uma beijoca
E havia tantas lengalengas...
Agora nem sei como é, mas parece-me que as crianças não ligam nenhuma a essas coisas.
Beijinhos.
eu tb adoro trava-línguas, desde criança... e esse ultimo fez-me lembrar um brasileiro que é:
"o sábio soube saber que o sabiá sabia assobiar" (isto dito com sotaque brasileiro fica ainda mais engraçado). obrigada por alguns que eu desconhecia. eu gosto tanto deste tema (lenga-lengas e trava-línguas) que até ando a pintar umas t-shirts para as crianças com estes temas! :) passa no meu blog para veres.
bjinhos
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