sexta-feira, 10 de março de 2017

Ruínas




Casas que foram lares. Habitações de gente feliz com vidas preenchidas pela alegria, onde as conversas faziam parte do dia-a-dia, os sentimentos se sentiam. As lágrimas e as tristezas eram vividas por todos numa partilha de amor e carinho.
Havia a cozinha sempre de porta aberta para todos, com o cheiro natural dos cozinhados confecionados com amor e saber. Era aquela, a divisão principal da casa, onde se conversava, se comia, se ralhava, se estudava a tabuada e faziam as cópias.
As casas foram o ninho/berço de crianças que aí cresciam e se desenvolviam até à maturidade da sua vida. Quando se encontravam aptos para lançar as suas sementes à terra para se multiplicarem e construírem novos ninhos, aos poucos e poucos, com amor, partiam, mas não para longe pois era importante continuarem ligados ao sítio onde tinham nascido e crescido.


Hoje, são ruínas, casas abandonadas, esquecidas da sua importância, albergues de ratazanas e lagartos onde cada pedra tem uma história para contar.

Fotos e texto de Benó

10 comentários:

chica disse...

Tão triste ver casas cheias de história reduzidas às ruínas... Lindo fim de semana,bjs, chica

luisa disse...

Sempre ficamos a imaginar as vidas que essas casas albergaram.
A segunda foto é fantástica.

Diana Fonseca disse...

É pena deixarem chegar as casas a esse ponto.

Graça Sampaio disse...

É das coisas mais tristes que me podem aparecer: casas decrépitas, em ruínas ... Dá cá uma tristeza!!

Elvira Carvalho disse...

Dá um aperto no peito, uma tristeza na alma.
Um abraço e uma boa semana

Miss Smile disse...

Ruínas com alma, cujas histórias perduram ainda na memória de alguns.
Um texto pleno de nostalgia, mas muito bonito.

Uma boa semana, Benó

Graça Pires disse...

Casas que foram lares. Que tristeza estarem em ruínas e não servirem para nada...
Uma boa semana.
Beijos.

Justine disse...

Partilho essas reflexões, Benó, e construo toda uma história sempre que passo por uma casa em ruínas. É tão triste...

Ana Freire disse...

Passa sempre uma sensação de tristeza, ver o abandono, de uma casa, e imaginar que em tempos foi um ninho cheio de gente, alegria, e muitas histórias para contar...
Belíssimo texto, que abordou tal, de forma brilhante!
Beijinhos!
Ana

Cantinho da Gaiata disse...

Uma tristeza ver a degradação de algo que já teve uma história tão linda de partilhas de vidas com destinos diferentes.
Bjs