Quando o meu
corpo arde no calor do Setembro devagar,
calmamente, mergulho nas águas frias que me causam arrepios e deixo-me envolver
nesse abraço molhado para logo emergir refrescada, todo o corpo perolado de água que
sabe a sal; pernas bambas, braços pendentes.
Acalmada,
assim, dos últimos calores estivais, sinto que o meu corpo pede descanso e
molemente me espreguiço e alongo pelas douradas areias.
Tão
indolente me encontro que, por momentos, a vida para, as horas são eternas, a
maré escoa, o sol aquece neste fim de tarde, neste fim de Setembro.
Esqueço quem
sou ou onde estou.
Não sinto nem pressinto a vida que passa.
Flutuo no
éter nestas horas do entardecer.
Acontecendo em
Setembro.
foto e texto de Benó
6 comentários:
Um texto admirável, amiga Benó. Setembro foi inspirador...
Já tinha saudades de passar por aqui. Uma boa semana.
Beijos.
Deixei-me levar pela magia outonal das suas palavras e mergulhei também nesse seu mar de poesia.
Brilhante este seu texto poético.
Um beijinho amiga Benó.
Muito bonito, Benó!
[e outubro não lhe está a ficar atrás...:)]
Um Setembro... que este ano, pelo menos por aqui... teve o mesmo sabor dos melhores dias de um Julho ou de um Agosto... com as alterações climáticas que se fazem sentir, todas as estações do ano, andam completamente descaracterizadas...
Uma lindíssima descrição de Setembro... adorei o seu texto!
Bom tê-la de volta, Benó!
Beijinhos! Boa semana!
Ana
Que bem-aventurança, Benó, e que bem a descreves! Os dias esfriam, mas para o ano há mais!
Que lindo, Benó! E só agora, em Outubro, aqui venho ter! Se bem que este Outubro ainda cheire muito a Setembro...
Beijinhos.
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