domingo, 1 de fevereiro de 2015

Flores silvestres




 

 
Para se defenderem não precisam de canhões ou de outro qualquer tipo de arma de fogo das que outrora equiparam a fortificação militar, agora em ruínas, onde nasceram e cresceram.

Amparadas pelas pedras seculares daquele forte, enfrentam e defendem-se dos ventos que por ali cirandam em rodopios ou batidas agrestes. Resistem aos sóis escaldantes vindos da África, tão perto e os ares salitrosos que sobem morro acima em dias de tempestade não lhe causam qualquer dano.

Sentem-se privilegiadas por ali terem nascido, alimentam-se do sol e refrescam-se com os poucos pingos de água que as nuvens nos instantes que por ali passam nas suas viagens de destino incerto lhes oferecem entre sorrisos. Sobrevivem ao isolamento, são eremitas em terra de ninguém, outrora dedicada a S.Luis.
São as flores silvestres de nascimento espontâneo nas ruínas do Forte de S.Luis de Almádena com vista para o mar

 

2 comentários:

Graça Pires disse...

Pois é, minha amiga Benó, as flores silvestres resguardam-se do vento encostando-se às pedras... Bonitas fotografias. Gosto do seu jeito de olhar a Natureza.
Um beijo.

Justine disse...

Tão belas! E tão lutadoras!