quinta-feira, 11 de julho de 2013
Silêncio
Porquê o silêncio me perturba?
As asas das borboletas que voejam pelo jardim soam como velas de moinhos gemendo nos seus rodízios em dias de ventania.
Neste silêncio que me cerca, o rastejar dos vermes da terra ecoa como as marés espraiando-se pela areia e a folha caindo da árvore chega ao meu sentir como uma onda batendo na falésia em dia de maresia.
O silêncio envolve-me, perturba-me, causa-me medo. Não raciocino, não penso, estou inerte.
Hoje, sou prisioneira do silêncio.
foto e texto de Benó
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