quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

INFANCIA

 
 
 





Esqueço o jantar.
Roupa para engomar.
Que importa brinquedos no chão
Quartos por arrumar
Almofadas a servir de colchão.
Ignoro os gritos dos índios.
Os tiros dos "cowboys".
Correrias, atropelos.
Estou dentro, entro na onda.
São muitos os apelos.

Transformo-me, transfiguro-me,
transporto-me meio século para trás.
Jogo ao ringue, salto à corda, faço rodas.



Sou novamente criança
Companheira de aventuras, das escondidas.
Rejuvenesço.
Revivo com a petizada
Os sonhos, as esperanças,
Risos, lágrimas, abraços, despedidas.

Somos camaradas em férias.


1 comentário:

Beatriz Bragança disse...

Querida Benó
Como a petizada nos faz recuar no tempo!!!
Acontece-me o mesmo quando estou com as minhas netas.Detesto ter a casa desarrumada,mas com elas lá,sou capaz de ter a sala pejada de brinquedos dias a fio...
Como é bom «voltarmos» à nossa infância!!!
Ao ler o seu belo poema,também viajei no tempo.Obrigada,por isso.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Beatriz