terça-feira, 3 de julho de 2012

A Piteira






Brotou da mãe, do seu fundo interior, protegido pelos braços maternos que se abriram voluntariamente, para que a natureza cumprisse o seu dever. Já adulto, tem este aspeto, adornado com pequenos ramos cabeçudos.





Alto, elegante, o pau de pita desafia as alturas. Dentro de algum tempo, tombará inerte com a mãe que o deixou crescer. Entretanto, já outros pequeninos exemplares se desenvolvem rentes ao chão, aproveitando a pouca seiva que a velha piteira ainda tem e que lhes irá servir de alimento.
Rodará o ciclo da vida.

2 comentários:

mfc disse...

E assim se faz vida a cada estação!
Duas lindas fotos... e um beijinho para ti.

O Profeta disse...

Como se ama uma planta que não floriu?
Como se ouve um coração em silêncio total?
Como se sente uma dor que a paixão desenhou?
Como se alcança o Sol quando o dia morreu, acabou?

Um Outono invadiu esta ausente Primavera
Povoei esta ilha com palavras em baixela de poesia
Encontrei uma casa da manhã com verdade e revolta
Construi a claridade com fogo de uma chama já morta

Bom fim de semana

Doce beijo